“Drummond” inaugurou o CCBB do Rio de Janeiro, em 1989 e foi remontado em 2009, em Itabira – cidade do poeta, em comemoração aos 20 anos do espetáculo.
Um homem através de sua obra.
Assim decidimos contar Drummond. Seguindo os rastros biográficos deixados pelo autor em seus poemas, erguemos um roteiro que perpassa, da infância à velhice, situações cotidianas ou questões existencialistas das mais profundas, trazendo a vida, ela própria, para o palco. Assim, através da Inteligência, do humor, da irreverência, da honestidade, da profundidade de Drummond, o público se vê representado nessa montagem minimalista na qual o Ponto de Partida cumpre o árduo e delicioso desafio de dramatizar a palavra poética.
RELEASE
Drummond nasceu de um desafio e de um desejo – o de encenar uma obra prima e revelá-la. Logo no princípio da pesquisa de texto, decidiu-se que o critério de escolha seria o resultado da paixão, não da explicação e que o contato do Ponto de Partida com Drummond não se daria através de biografia ou informações sobre o homem, mas apenas pela poesia. Os pequenos relatos de algumas passagens da vida do poeta, fortemente presentes em sua obra,
Como a direção propõe uma divisão poética musical e muitas vezes até coreográfica, os atores precisam executar o espetáculo como uma partitura, seja na precisão dos tempos dramáticos, na marcação de cena, nas pausas. Isso faz de Drummond um jogo teatral vibrante, com uma linguagem fluente, ágil, determinada.
Sem qualquer cenário, o equilíbrio da cena está na disposição dos atores e na luz. É um espetáculo que, em todo o seu desenrolar, manipula a beleza. O lirismo está presente nos figurinos, nos personagens, na trilha e, sem dúvida, conduz o público a uma viagem às suas próprias lembranças, por isso seu público vai de adolescentes a brancos velhinhos, de pessoas que jamais leram um verso a professores de literatura, de gente comum a artistas.
Em cartaz desde 1989, Drummond, que inaugurou o Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, reestreou sua segunda montagem em 2009 para incrementar a Mostra Ponto de Partida 30 anos e se tornou um presente para o público, pois é veículo para que Carlos Drummond de Andrade os empanturre de beleza e poesia.
ANA ALICE SOUZA
CAROLINA DAMASCENO
ÉRICA ELKE
JOÃO MELO
JÚLIA MEDEIROS
LIDO LOSCHI
RENATO NEVES
SORAIA MORAES
TEXTO - Carlos Drummond de Andrade
ROTEIRO E DIREÇÃO - Regina Bertola
FIGURINO - Tereza Bruzzi e Alexandre Rousset
ILUMINAÇÃO - Rony Rodrigues
TRILHA SONORA - Claudia Valle, Loló Mendes, Fátima Jorge, Lido Loschi, Pablo Bertola, Regina Bertola
SONOPLASTIA - Pablo Bertola
EQUIPE DE PESQUISA - Ana Alice Souza, Cida Leal, Fátima Jorge e Regina Bertola
PROGRAMAÇÃO VISUAL - Felipe Saleme
ARTES ORIGINAIS - Edson Brandão